Vamos apoiar as famílias
jovens!
Com o
objectivo de promover o acompanhamento dos casais novos – uma
das grandes lacunas da nossa pastoral – o Secretariado
Diocesano da Pastoral da Família (SDPF) lançou o projecto
“Família jovem”, com três níveis de actuação e envolvendo
diversas estruturas paroquiais e diocesanas.
No
primeiro nível, procura-se acompanhar os casais que
frequentaram o CPM (Centros de Preparação para o Matrimónio).
As paróquias serão alertadas para os casais que lá vão residir
e providenciarão pelo seu acompanhamento personalizado (e
continuado), tanto quanto possível através de um casal – o
“casal amigo” – pertencente à Equipa Paroquial da Pastoral
Familiar (EPPF). A estes casais jovens, e na expectativa de um
equilibrado crescimento conjugal e de uma adequada integração
na comunidade, ser-lhes-á proposto um itinerário de formação,
com o apoio dos movimentos de espiritualidade familiar, dos
movimentos de cariz mais evangelizador (Cursos de Cristandade,
Cursos ALPHA, Renovamento Carismático, etc.) e de outras
estruturas diocesanas de formação.
Embora o
processo seja simples (e lógico), o SDPF está ciente das
dificuldades da sua implementação, não só porque nem todas as
paróquias têm EPPF, como também pela evidente falta de
experiência de trabalho em conjunto. Desta forma, numa
primeira fase, o projecto, com a coordenação e avaliação do
SDPF, irá atingir um número restrito de situações, não
coibindo, porém – antes pelo contrário –, qualquer paróquia de
abraçar, desde já, este desafio, de forma autónoma.
No 2º
nível, procura-se acompanhar os casais que pedem à Igreja o
Baptismo para os seus filhos. Aqui, a responsabilidade de todo
o processo recai sobre o pároco e sobre a EPPF. Também deverá
ser destacado um casal amigo e estudado um percurso de
formação.
No 3º
nível, investe-se no acompanhamento dos casais que matriculam
os filhos na catequese pela primeira vez. São envolvidos,
prioritariamente, o pároco, o coordenador da catequese e a
EPPF. Tal como nos outros níveis, os casais devem ser
estimulados para sentir a necessidade de se integrarem num
percurso formativo análogo ao já descrito anteriormente,
sempre acompanhados pelas estruturas paroquiais.
Procura-se
com este projecto aproveitar e potenciar os momentos em que os
casais novos procuram a Igreja. O acolhimento que lhes é feito
e a qualidade do acompanhamento serão fundamentais para o
sucesso.
É óbvio
que este projecto vai desafiar todos. Exigirá muita Fé, muita
organização, muita paciência, muita comunhão e articulação de
esforços entre as diversas estruturas diocesanas, pouco
habituadas a trabalhar concertadamente. Exigirá, também, muita
ousadia e criatividade.
Jorge
Cotovio |