Difunde-se cada vez mais a chamada ideologia do
género ou gender. Porém, nem todas as pessoas disso
se apercebem e muitos desconhecem o seu alcance social e
cultural, que já foi qualificado como verdadeira revolução
antropológica. Não se trata apenas de uma simples moda
intelectual. Diz respeito antes a um movimento cultural com
reflexos na compreensão da família, na esfera política e
legislativa, no ensino, na comunicação social e na própria
linguagem corrente.
Mas a ideologia do género
contrasta frontalmente com o acervo civilizacional já
adquirido. Como tal, opõe-se radicalmente à visão bíblica e
cristã da pessoa e da sexualidade humanas. Com o intuito de
esclarecer as diferenças entre estas duas visões surge este
documento.
Move-nos o desejo de
apresentar a visão mais sólida e mais fundante da pessoa,
milenarmente descoberta, valorizada e seguida, e para a qual o
humanismo cristão muito contribuiu. Acreditamos que este mesmo
humanismo, atualmente, é chamado a dar contributo válido na
redescoberta da profundidade e beleza de uma sexualidade
humana corretamente entendida.
Trata-se da
defesa de um modelo de sexualidade e de família que a
sabedoria e a história, não obstante as mutações culturais,
nos diferentes contextos sociais e geográficos, consideram
apto para exprimir a natureza humana.
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