Ano Jubilar 2025: um guia para crentes e não crentes

Ano Jubilar 2025: um guia para crentes e não crentes

Liliana Marques Pimentel
Comissão Diocesana Justiça e Paz

O Ano Jubilar 2025, proclamado pelo Papa Francisco, será um marco de graça e renovação espiritual para a Igreja, oferecendo aos fiéis a oportunidade de divulgar sua fé e a vivenciá-la de forma concreta. Sob o lema Spes Non Confundit (A Esperança não engana), inspirado em Romanos 5,5, o Jubileu traz uma mensagem de esperança e perseverança em tempos desafiadores.

Em um mundo marcado por guerras, crises sociais, espirituais e políticas, o Papa Francisco chama os fiéis a perceberem a esperança não como uma ilusão, mas como um poder capaz de transformar e renovar. O Papa alerta que, no ritmo acelerado da vida moderna, a paciência se tornou uma virtude rara: “A paciência foi posta em fuga pela pressa, causando graves danos às pessoas.” (Bula §4)

Desafia-nos a refletir sobre as nossas relações, a nossa espiritualidade e a nossa capacidade de esperar com confiança. O lema Spes Non Confundit, inspirado em Romanos 5,5, lembra-nos de que a esperança nunca dececiona, pois ela está firmemente enraizada no amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Este amor não falha, não nos abandona e é uma base sólida que nos permite perseverar, mesmo nas adversidades.

Assim, o Ano Jubilar chama-nos a cultivar a paciência e a perseverança, não como simples atos, mas como respostas concretas à confiança que temos em um Deus que jamais nos desampara. A esperança, alimentada pela graça divina, torna-se a força propulsora para um novo olhar sobre o mundo e sobre nós mesmos.

Celebrado, geralmente, a cada 25 anos, o Ano Jubilar tem suas raízes no conceito bíblico de Jubileu, um tempo de graça e libertação, no qual a misericórdia divina se derrama sobre todos. Nesse contexto, somos chamados a intensificar os atos de misericórdia e reconciliação, tanto com Deus quanto com os outros. O Jubileu não é apenas um tempo de ações externas, mas principalmente de transformação interior, onde nossas práticas espirituais se tornam mais profundas e vivas.

Aproxima-se a meta dos primeiros vinte e cinco anos do século XXI, e somos chamados a realizar uma preparação que permita ao povo cristão viver o Ano Santo em todo o seu significado pastoral. Francisco evidencia que nos últimos quatro anos, não houve nação que não tenha sido transtornada pela inesperada epidemia que, além de nos ter feito tocar de perto o drama da morte na solidão, a incerteza e o caráter provisório da existência, modificou o nosso modo de viver. “Como cristãos -lê-se na carta -, sofremos juntamente com todos os irmãos e irmãs os mesmos sofrimentos e limitações. As nossas igrejas estiveram fechadas, bem como as escolas, as fábricas, os escritórios, as lojas e os locais dedicados ao tempo livre. Todos vimos algumas liberdades limitadas e a pandemia, além do sofrimento, por vezes suscitou no íntimo de nós mesmos a dúvida, o medo, a perplexidade.”

A este ponto de sua carta, o Papa chama a atenção para o facto de que este Ano de 2025, Ano Jubilar, pode favorecer imenso a recomposição dum clima de esperança e confiança, como sinal de um renovado renascimento do qual todos sentimos a urgência. “Por isso – afirma -, escolhi o lema Peregrinos de esperança”.

Em um mundo que caminha cada vez mais longe de Deus, a missão do cristão torna-se ainda mais desafiante. Muitas vezes, diante do chamado a anunciar e dar testemunho da fé, somos paralisados pelo medo do julgamento e da crítica. Não estamos sozinhos. É confiando nessa promessa que encontramos coragem para ser sal da terra e luz do mundo.

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