Arciprestados e Unidades Pastorais

VIRGÍLIO DO NASCIMENTO ANTUNES
BISPO DE COIMBRA

ARCIPRESTADOS E UNIDADES PASTORAIS

Somos Igreja em caminho com Jesus Cristo em direção ao Pai, conduzida pelo Espírito Santo, alimentada pela Palavra e pela Eucaristia. O batismo faz de nós um povo de irmãos, que procuram viver na unidade da mesma fé e cooperar ativamente para construir a Igreja, comunidade de fiéis e edifício espiritual.

A missão da Igreja já definida por Jesus Cristo e transmitida pelo Evangelho, consiste em evangelizar o mundo para que o Nome do Salvador e o encontro com Ele cheguem a todos os povos da terra. De muitas formas e em diversas ocasiões, a Igreja tem-se debruçado sobre esta sua missão, procurando a inspiração necessária para encontrar os meios adequados e o ânimo indispensável.

Na senda do Concílio Vaticano II e dos pontificados que se lhe seguiram, a Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho” e o pontificado do Papa Francisco fazem um apelo veemente acerca da urgência da evangelização. Convidando-nos a saborear de forma feliz esta missão, este fala da “suave e reconfortante alegria de evangelizar” (EG 10); convidando-nos a manter a esperança na realização da missão, o Papa assegura-nos: “com a sua novidade, Ele (Cristo) pode sempre renovar a nossa vida e a nossa comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece” (EG 11).

É a partir da identidade da Igreja e da sua missão que temos a responsabilidade de organizar as comunidades cristãs, tendo em conta a sua dimensão territorial e geográfica, as afinidades sociais e culturais, a experiência comum de vivência da fé e da pertença à Igreja. Neste contexto tem importância decisiva o ministério ordenado, nomeadamente os o dos presbíteros, chamados a ser, juntamente com o bispo, pastores do Povo de Deus e a presidir à comunidade cristã, bem como o dos diáconos, cooperadores da ordem dos bispos e dos presbíteros.

 

A Igreja que reflete sobre si mesma e procura preparar-se para os desafios do tempo presente em circunstâncias verdadeiramente novas, mantem a mesma fé e os mesmos fundamentos, na fidelidade ao Evangelho e à Tradição, mas desenvolve algumas marcas identitárias, que recupera e atualiza: é comunidade sinodal, que procura envolver a todos no caminho; é comunidade de serviços e ministérios para o bem comum; é comunidade vocacionada para a unidade e a comunhão.

A Diocese de Coimbra está em caminho e procura situar-se neste tempo da história, que há de ser tempo da graça, de renovação e de esperança. A definição dos arciprestados, das unidades pastorais e dos seus modelos de funcionamento é imprescindível, tendo em conta o que somos, como somos e os que somos na diversidade dos membros do Povo de Deus. Respeitamos os modelos que herdámos do passado quando as circunstâncias eram outras, mas não ficamos agarrados a eles ou sem capacidade para tomarmos as medidas necessárias e urgentes para o crescimento da Igreja.

Temos encontrado na Diocese de Coimbra disponibilidade para a renovação das estruturas, na certeza de que elas devem estar ao serviço da preservação da identidade e da missão. Com o Papa Francisco, estamos conscientes de que “há estruturas eclesiais que podem chegar a condicionar um dinamismo evangelizador; de igual modo, as boas estruturas servem, quando há uma vida que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem «fidelidade da Igreja à própria vocação», toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo” (EG 26).

 

Tendo em conta estes princípios e um conjunto de aspetos que configuram a realidade diocesana (o clero existente e a sua idade, a demografia e a mobilidade humana que atualmente se regista, a concentração populacional em grandes centros urbanos e o despovoamento crescente de núcleos rurais, a gestão e a rentabilização de recursos materiais e humanos), a Diocese de Coimbra tem vindo a desenvolver um estudo e reflexão sobre as suas estruturas, nomeadamente os arciprestados e as unidades pastorais.

Nos últimos dois anos e dando seguimento a um trabalho que percorreu toda a última década, o Conselho Presbiteral liderou um processo de discernimento que passou também pelo Conselho de Arciprestes, pelo Conselho Pastoral Diocesano, pelos Conselhos Pastorais de Arciprestado, pelos Conselhos Pastorais das Unidades Pastorais e pelas Equipas de Animação Pastoral.

A última versão deste trabalho verdadeiramente alargado e sinodal foi aprovada na assembleia do Conselho Presbiteral da Diocese, que decorreu nos dias 15 e 16 de março de 2023. Foi-me entregue para apreciação e venho agora dá-la a conhecer e publicá-la.

Chegou-se à definição de 9 Arciprestados e 36 Unidades Pastorais, que agrupam todas as paróquias da Diocese. Estão definidas as principais linhas programáticas para a atuação destas estruturas. É preciso pô-las em prática com confiança e com esperança, com o dinamismo operante dos ministros ordenados, os sacerdotes em primeiro lugar, e com a colaboração decidida do Povo de Deus, dos animadores das comunidades, dos que são chamados a serviços e ministérios e dos que integram os organismos de participação e corresponsabilidade, especialmente os membros dos conselhos pastorais e das equipas de animação pastoral.

 

Desejamos ardentemente que a organização agora proposta não cause ruturas entre pessoas e comunidades. Antes pelo contrário, propomo-las como vias de alargamento do sentido da unidade, da comunhão, da participação e da solidariedade, sempre na caridade. Também aqui é essencial escutarmos e acolhermos o testamento de Jesus expresso na sua oração transmitida pelo evangelista João: “Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão de crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste” (Jo 17, 20-21).

A fim de fazermos uma transição pacífica, ela será realizada progressivamente nos próximos anos pastorais. Várias Unidades Pastorais já estão constituídas e em pleno funcionamento em alguns arciprestados e o processo vai continuar logo que possível, tendo em conta as conveniências da mobilidade e distribuição adequada e equitativa dos sacerdotes que assumirão o ofício de párocos.

Apesar de esta ser a orientação geral e aprovada, poderá haver, no futuro, algumas revisões, de acordo com o maior bem das comunidades.

Confiamos à Virgem Maria, que sempre acompanha a vida da Igreja, os caminhos de conversão pastoral agora propostos.

 

Segue a lista de Arciprestados e Unidades Pastorais.

Arciprestado do Alto Mondego

  1. Lamas, Miranda do Corvo, Rio de Vide, Semide, Vila Nova de Miranda.
  2. Casal de Ermio, Foz de Arouce, Lousã, Serpins, Vilarinho.
  3. Arrifana, Cadafaz, Colmeal, Góis, Lavegadas, Poiares (Santo André, São Miguel), Vila Nova do Ceira.
  4. Carvalho, Figueira de Lorvão, Friúmes, Lorvão, Oliveira do Mondego, Paradela da Cortiça, Penacova, São Paio do Mondego, São Pedro de Alva, Sazes, Travanca do Mondego.

Arciprestado do Baixo Mondego

  1. Alfarelos, Brunhós, Figueiró do Campo, Gesteira, Granja do Ulmeiro, Samuel, Soure, Tapeus, Vila Nova de Anços, Vinha da Rainha.
  2. Abrunheira, Arazede, Carapinheira, Ereira, Gatões, Liceia, Meãs do Campo, Montemor-o-Velho, Reveles, Seixo de Gatões, Tentúgal, Verride, Vila Nova da Barca,
  3. Anobra, Belide, Bendafé, Condeixa-a-Nova, Condeixa-a-Velha, Ega, Furadouro, Sebal Grande, Vila Seca, Zambujal.

Arciprestado de Cantanhede

  1. Cadima, Cantanhede, Outil, Pocariça, Portunhos, Sanguinheira, Tocha.
  2. Corticeiro de Cima, Mira, Praia de Mira, São Caetano, Seixo de Mira, Vilamar.
  3. Bolho, Cordinhã, Covões, Febres, Murtede, Ourentã, Sepins.

Arciprestado de Chão de Couce

  1. Águas Belas, Areias, Beco, Chãos, Dornes, Ferreira do Zêzere, Igreja Nova, Paio Mendes, Pias.
  2. Alvares, Arega, Campelo, Castanheira de Pera, Coentral, Figueiró dos Vinhos, Graça, Pedrógão Grande, Vila Facaia.
  3. Cumeeira, Espinhal, Penela (Santa Eufémia, São Miguel), Podentes, Rabaçal.
  4. Alvaiázere, Almoster, Maçãs de Caminho, Maçãs de D. Maria, Pelmá, Pussos, São Pedro do Rego da Murta.
  5. Aguda,Alvorge, Ansião, Avelar, Chão de Couce, Degracias, Lagarteira, Pombalinho, Pousaflores, Santiago da Guarda, Torre de Vale de Todos.

Arciprestado de Coimbra Norte

  1. Barcouço, Casal Comba, Luso, Mealhada, Pampilhosa, Vacariça, Ventosa do Bairro,
  2. Botão, Brasfemes, Souselas, Torre de Vilela, Trouxemil.
  3. Ançã, Antuzede, Lamarosa, São João do Campo, São Martinho de Árvore, São Silvestre, Vil de Matos.
  4. Almaça, Cercosa, Cortegaça, Espinho, Marmeleira, Mortágua, Pala, Sobral de Mortágua, Trezói, Vale de Remígio.

Arciprestado de Coimbra Urbana

  1. Nossa Senhora de Lurdes, Santa Cruz, São Bartolomeu, Sé Nova, Sé Velha.
  2. Dianteiro (reitoria), Santo António dos Olivais.
  3. São João Batista, São José.
  4. Antanhol, Assafarge, Cernache, Santa Clara, São Martinho do Bispo.
  5. Almalaguês, Castelo Viegas, Ceira, Torres do Mondego.
  6. Coselhas (reitoria), Eiras, Imaculado Coração de Maria (quase-paróquia), Pedrulha (reitoria), São Paulo de Frades.
  7. Ameal, Arzila, Pereira do Campo, Ribeira de Frades, Santo Varão, Taveiro.

Arciprestado da Figueira da Foz

  1. Alhadas, Bom Sucesso, Brenha, Ferreira-a-Nova, Maiorca, Quiaios, Vila Verde.
  2. Buarcos, São Julião, Tavarede.
  3. Alqueidão, Lavos, Marinha das Ondas, Paião.

Arciprestado do Nordeste

  1. Ázere, Candosa, Carapinha, Covas, Covelo, Espariz, Meda de Mouros, Midões, Mouronho, Pinheiro de Coja, Póvoa de Midões, São João da Boavista, Sinde, Tábua, Vila Nova de Oliveirinha.
  2. Aldeia das Dez, Alvoco das Várzeas, Avô, Bobadela, Ervedal da Beira, Lagares da Beira, Lageosa, Lagos da Beira, Lourosa, Meruge, Nogueira do Cravo, Oliveira do Hospital, Penalva de Alva, Santa Ovaia, São Paio de Gramaços, São Sebastião da Feira, Seixo da Beira, Travanca de Lagos, Vila Pouca da Beira.
  3. Anceriz, Arganil, Barril, Benfeita, Celavisa, Cepos, Cerdeira, Coja, Folques, Moura da Serra, Pomares, Pombeiro da Beira, Piódão, São Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira, Vila Cova do Alva.
  4. Cabril, Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro, Portela do Fojo, Unhais-o-Velho, Vidual de Cima.

Arciprestado de Pombal

  1. Carriço, Guia, Ilha, Mata Mourisca.
  2. Abiul, Pombal, Santiago de Litém, Vila Cã.
  3. Almagreira, Louriçal, Pelariga, Redinha.

Coimbra, 28 de agosto de 2023
Festa de Santo Agostinho, padroeiro da Diocese
Virgílio do Nascimento Antunes
Bispo de Coimbra

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