Mensagem do Bispo de Coimbra aos atingidos pelos incêndios
Caríssimos Diocesanos e irmãos
Diante da calamidade que se abateu de novo sobre a nossa Diocese de Coimbra e sobre Portugal, sinto-me muito próximo de todos quantos estão a sofrer na sua própria carne a perda dos seus bens e, mais ainda, dos seus familiares, irmãos e amigos, conhecidos ou desconhecidos.
A aflição destes dias causou grande dor, que perdura no coração, na memória e no tempo, mas não nos deixará abatidos e sem esperança. Felizmente temos motivações imensas para ultrapassar tudo o que agora sentimos: a grandeza da profunda humanidade, o sentido da fraternidade, a iluminação da fé e o estímulo da caridade cristã.
Não tenho capacidade para resolver as situações difíceis que muitos estão a viver, mas posso apelar a todos para que estejamos próximos uns dos outros com a consolação do amor, da oração e da solidariedade.
Peço a todos, públicos ou privados, comunidades e pessoas, que façam tudo o que estiver ao seu alcance para que a ninguém falte o necessário dos bens materiais e espirituais a que têm direito enquanto membros do povo português e da Igreja de Deus.
Deixo uma palavra de gratidão aos bombeiros e aos que, generosamente e por sentido do dever, têm ajudado as populações em dificuldade.
Rezo pelo eterno descanso dos que perderam a vida e pela consolação dos que sofrem.
Deixo um grande abraço, na comunhão de Deus, que nunca nos deixa sós.
Coimbra, 16 de outubro de 2017
Virgílio Antunes, bispo de Coimbra