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DOCUMENTOS OFICIAIS DA IGREJA
 
Sobre um eventual referendo ao aborto

Nota da Conferência Episcopal Portuguesa
4 de Abril de 2005


Parece estar no horizonte a realização de uma nova consulta aos portugueses, sob a forma de referendo, sobre a alteração da Lei do aborto.

É uma matéria em que a doutrina católica é claramente conhecida de todos, quer nos seus conteúdos, quer no seu carácter perene e imutável.

Creio poder afirmar que, tanto pessoalmente, como o conjunto do Episcopado, já demos provas suficientes de abertura dialogante em muitas questões da nossa sociedade. A nossa firmeza nesta matéria é apenas motivada pela nossa convicção de que na procriação humana existe uma vida humana desde o primeiro momento e que interrompê-la violentamente é a expressão mais grave do respeito que a vida humana merece e exige de nós.

Esta não é uma questão explicitamente religiosa, pois é da ordem do direito natural, na medida em que o respeito pela vida é o principal fundamento da ética. No debate que antecederá o referendo é importante que todos os que defendem o carácter inviolável da vida procurem esclarecer os outros.

Não se trata de uma luta política, mas de um debate cultural e moral, a travar por todos com serenidade e dignidade. Não desconhecemos o drama do aborto clandestino, embora gostássemos de o ver tipificado através do estudo já anunciado, nem ignoramos que a defesa da vida, em todas as circunstâncias, exige convicção, generosidade e coragem, compreensão e apoio da sociedade.

Mas, na perspectiva da Igreja, não é questão que possa resolver-se pela cedência e pela tolerância, mas sim pela coragem partilhada.
Qualquer lei que permita o aborto cria uma separação entre a legalidade e a moralidade, pois o aborto voluntariamente procurado, mesmo que legal, continua a ferir a moralidade natural e as exigências da consciência.

Esta batalha insere-se numa outra mais vasta: a da educação e da cultura, bases de uma sociedade harmónica, capaz de enquadrar as pessoas na sua dignidade e na sua luta pela vida. Nesta batalha a sociedade poderá sempre contar com o contributo empenhado da Igreja, que tem na plena realização do homem o seu principal objectivo. Outros pontos de agenda desta Assembleia Plenária são disso a concretização. Ponhamos os nossos trabalhos sob a protecção maternal de Nossa Senhora de Fátima.



Fátima, 4 de Abril de 2005
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca,
Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

 

 

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