A Comissão Episcopal da Família e o Secretariado Nacional da
Família organizou mais umas Jornadas da Família. Decorreu nos dias 23 e 24
de Outubro, em
Fátima (Centro Paulo VI), e abordou o tema genérico “Os Meios de
Comunicação Social geram uma nova cultura. E a Família?”
Procurou-se
fornecer dados sobre a nova cultura, em grande parte produzida e
modelada pelos Meios de Comunicação Social, com peritos sobre o
assunto, e aprofundar a reflexão sobre o papel insubstituível que a
Família deve ter na educação para a gestão desses novos Meios de
Comunicação Social e, em última análise, na produção de uma outra cultura
que integre os MCS’s mas com novos elementos, valores e critérios.
Lembramos,
a este propósito, a recente Mensagem do Papa para o Dia Mundial das
Comunicações Sociais:
“Os Meios de Comunicação Social e a Família: uma
riqueza e um risco”, onde a temática era já abordada.
Nas jornadas participaram o Dr. Carlos Aguiar, da
Associação de Famílias de Braga, que introduziu uma reflexão
sobre a nova cultura produzida e veiculada pelos meios de
comunicação social, e o Dr. Joaquim Franco, jornalista, que
conduziu um painel sobre a Comunicação
social, o seu impacto nas novas gerações, e os intervenientes na
educação familiar e escolar, para a gestão do uso desses mesmos meios
de comunicação.
Estas Jornadas inserem-se numa já longa tradição, da
Comissão Episcopal da Família, de permitir aos agentes de pastoral
familiar um espaço de encontro, reflexão e partilha, que ajude a criar
vínculos de compromisso e de acção dos mesmos, no actual contexto
sócio-cultural em Portugal e no mundo.
A comunicação social ao serviço da promoção do homem
As jornadas
foram “um repto lançado à família para reflectir e repensar
o seu lugar na mediação insubstituível que deve ter em relação
aos meios de Comunicação Social” – disse à Agência
ECCLESIA o Pe. Pedro Nuno, secretário da Comissão Episcopal da
Família.
Nesta actividade, organizada pela Comissão Episcopal da
Família e o Secretariado Nacional da Família, os participantes
sublinharam que “os meios de Comunicação Social não podem
ser demonizados”. E acentua: “devem ser factores de
diálogo e contacto entre pessoas” – mencionou o Pe. Pedro
Nuno. Como a família é agente e “produtora de cultura”,
ela deve ganhar cada vez mais protagonismo. Um papel “mais
activo em relação aos meios de comunicação social”.
Quando se pensava que a Comunicação Social tinha o “papel
absoluto da mediação”, chegou-se à conclusão que “não
basta esta mediação” mas “é preciso que a própria
família sirva de mediadora sobretudo em relação aos mais
novos” – realçou o Secretário da Comissão Episcopal da
Família. E apela: “a televisão e a Internet não podem ser
apenas meios de entretenimento ou passatempo”. A
valorização destes meios “é fundamental” porque
“devem estar ao serviço da promoção humana”.
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